Um criminoso conhecido como Alex Lutor, que possuía alta posição de liderança no tráfico de drogas da Cidade de Deus, celebrou parceria com a milícia que atuava em Rio das Pedras e passou a atuar como colíder de uma organização criminosa voltada às fraudes bancárias.
Além de cooptar pessoas para utilizar as suas bancárias de forma ilícita, também coordenava os saques dos valores subtraídos de diversas contas bancárias.
O dinheiro auferido com os furtos mediante fraude efetuados nas contas de correntistas do Banco do Brasil, era utilizado por integrantes na construção irregular de imóveis na área da Muzema, dominada por uma milícia privada, bem como na abertura e manutenção de estabelecimentos comerciais na região de Rio das Pedras.
As fraudes consistiam em obter acesso às senhas eletrônicas de correntistas do Banco do Brasil, por meio de ligações telefônicas onde simulavam estar falando da central de atendimento do banco, ou através da alteração de dados cadastrais de correntistas junto ao citado banco, com o uso de documentos falsos ou, ainda, mediante a captura das informações via “hackers”.
Com a obtenção das senhas dos correntistas, os valores em suas contas bancárias eram subtraídos e transferidos para as contas de alguns dos integrantes da organização criminosa, bem como para as contas de diversas pessoas cooptadas pela organização criminosa com essa finalidade.
Para tanto, os líderes do grupo criminoso identificavam pessoas que possuíam contas no Banco do Brasil e que concordavam em fornecê-las para serem usadas pelo esquema criminoso. Os valores eram, então, subtraídos das contas das diversas vítimas e transferidos para as contas dos denunciados cooptados e, a seguir, eram imediatamente sacados em moeda estrangeira nos terminais de autoatendimento do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.