Líder da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) em Campos dos Goytacazes e dono das bocas de fumo de uma das maiores comunidades da cidade do Norte Fluminense, a Tira Gosto, o traficante conhecido como Brahma movimenta mensalmente cerca de 450 quilos de maconha e 30 quilos de cocaína, auferindo a organização criminosa cerca de 2,5 milhões de reais.
Brahma tem atuação também em outros estados e países. Entre os anos de 2005 e 2023 foram instaurados cerca de 24 procedimentos policiais para apurar a prática de diversos crimes atribuídos ao criminoso tais como tráfico de drogas, homicídios, associação para o tráfico, organização criminosa e, diz o relatório de inteligência que a periculosidade de “Brahma” é patente, evidenciando sua liderança, o que gerou prestígio no submundo do crime.
Relatório de Inteligência elaborado pela Secretaria de Estado de Polícia Civil em conjunto com a Secretaria de Estado de Policia Militar e Secretaria de Estado de Administração Penitenciária informa que Brahma chegou a aumentar em cerca de 100% sua área de atuação em poucos meses.
Seu envolvimento com o TCP começou em 2005.
Em que pese estar preso, Brahma atuava e participava ativamente por telefone, decidindo questões ligadas à estrutura criminosa e ao fornecimento de armas de fogo que são e eram utilizadas pelo grupo.
Em sua atuação como líder da facção criminosa, gerenciava toda a organização administrativa e financeira do grupo. Sua liderança não é apenas indicada por testemunhas, como expressamente citado em conversas telefônicas gravadas e interceptadas, de diferentes líderes e gerentes.
Brahma teria mandado matar o filho de 15 anos de um desertor de sua quadrilha. Segundo a denúncia, o menor foi alvejado no pé, no meio de um baile funk. Os algozes alegaram que o disparo fora acidental e simularam que prestariam socorro ao adolescente. A vítima percebendo o intento do grupo tentou fugir, mas não obteve êxito, sendo capturado e levado para o interior de uma residência, onde foi executado.