Evangélico fervoroso, o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, não discrimina apenas a igreja católica para quem teria dado a suposta ordem para fechamento dos templos no final de semana passado. Ele persegue também os terreiros de umbanda e candomblé,
Por ser evangélico, o traficante não admitiria que religiões de matriz africana fossem professadas nos territórios sobre os quais ele tem domínio
Anos atrás, Peixão teria determinado a invasão e destruição da casa espiritual denominada ´Ilê Ase Iatemi Kiamasi D’Oxum´, localizado na Comunidade Parque Paulista, em Duque de Caxias.
O bando criminoso teria indicado que seria terminantemente proibido que a ´Mãe de Santo´ pudesse propagar sua religião, que é de origem africana, na Comunidade, isso porque os eventuais criminosos seriam envagélicos e se autointilulavam como ´Bandidos de Jesus´.
Os criminosos depredaram o centro religioso, bem como expulsaram os religiosos das comunidades (Parada de Lucas e Vigário Geral, no Rio de Janeiro, Buraco do Boi, em Nova Iguaçu, e Parque Paulista, em Duque de Caxias)
As investigações apontaram que as ordens para a expulsão dos religiosos, bem como da destruição do centro espírita, eram emitidas por mensagens endereçadas através de aplicativos de mensagens e ligações telefônicas.
Uma pessoa que presenciou a depredação de um terreiro disse que os invasores começaram a se declarar ‘Bandidos de Cristo” que era para acabar com aquilo que era coisa do demônio, mandaram qubrar as cosias, colocaram a arma na cabeça de uma idosa de 85 anos e a obrigaram carregar uma cruz até o meio da rua. Os traficantes incendiaram 80% do material do terreiro. Os suspeitos disseram para a mulher que a ‘1senhora é do capeta”
As ordens emanadas por Álvaro Malaquias Santa Rosa, em tese, seriam executadas por Noventinha e Madrinha, vulgo “Noventinha que teriam a obrigação de expulsar de comunidadesreligiosos que professam religiões de matriz africana.
Por serem mais próximos do “chefe, os dois replicarim as ordens para os demais comparsas da facção criminosa ligada ao tráfico de drogas da região. Tais pessoas, além de executar ordens de expulsões, detinham a incumbência de depredar os centros religiosos, fazendo que que os praticantes da religião africana ficassem acuados e fugissem da localidade por medo de perder a própria vida, deixando de lado trabalhos, bens e objetos angariados durante toda uma vida.
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