Investigação trouxe mais detalhes sobre o tráfico no Morro da Formiga, na Tijuca,
O processo aberto em 2021 resultou em duas condenações no ano passado.
Restou apurado, ainda, que os integrantes do grupo criminoso exercem diversas funções, ora sendo “vapor” (vendedor da substância entorpecente), ora sendo radinho/olheiro (pessoas que ficam observando a aproximação de policiais e avisam aos demais traficantes) e, algumas vezes fazendo a segurança (proteção armada do local), a despeito da estrutura organizacional.
Conforme se depreende, a estrutura do tráfico naquela localidade se apresentava da seguinte maneira:
Corujito – atuava como “chefe do pó” das “bocas de fumo” existentes na “Comunidade da Formiga”, sendo o responsável pela venda de cocaína de todos os pontos de venda da comunidade.
Bodão – atuava como um dos “gerentes” das “bocas de fumo” existentes na “Comunidade da Formiga”, tendo como função a organização da venda do material entorpecente e da segurança do local.
Panda – também atua como um dos “gerentes” das “bocas de fumo” existentes na “Comunidade da Formiga”, tendo como função a organização da venda do material entorpecente e da segurança do local. Foi morto em confronto.
A esposa do Corujito é braço direito dele tendo como função realizar a comunicação entre os pontos de venda de drogas, organizando e determinando às funções dos demais integrantes do tráfico local.
Danilo, Luan, Caio e Diego são os responsáveis pela “contenção”, ou seja, são os “soldados” que fazem a segurança das “bocas de fumo” existentes na “Comunidade da Formiga”, razão pela qual portam armas de fogo de grosso calibre.
Real, Gerentinho, Yuri, Quelinho, Poupa ou Da Parma, Tom da Coreia, 2T, PS, Maradona, Lipe, Do P e Paulinho Tapa são os responsáveis pela “venda de drogas”, ou seja, são os responsáveis pela comercialização dos entorpecentes nas “bocas de fumo” existentes na “Comunidade da Formiga”, atuando também, de forma subsidiária, na segurança dos pontos de venda.
Segundo relatos, traficante Lipe tem foto portando granadas; que ele fazia parte de um grupo que ficava monitorando a entrada de policiais na comunidade, função conhecida vulgarmente como “atividade” ou “radinho”;.
A quadrilha tem uma denominação chamada de “Parma”; que essa facção é responsável não só pelo tráfico de drogas no Morro da Formiga, na Tijuca, como também em Caxias, em parte da Árvore Seca e Morro do Encontro, no Lins de Vasconcelos e agora está expandindo território para Praça Seca, em Jacarepaguá; que a “Parma” está retomando toda a região de Jacarepaguá onde havia milícia para vender entorpecente.
Os agentes são totalmente monitorados pelo rádio transmissor e qualquer incursão no beco já começa o confronto com tiros de fuzil e granadas contra a polícia; que se for uma operação muito grande eles fogem para a mata da Floresta da Tijuca;