Veja como funcionava uma quadrilha que começou a ser investigada em 2019 e que agia com o fim de financiar o tráfico ilícito de substâncias entorpecentes e prática de uma série de roubos de veículos automotores, cometidos em diversos bairros da Zona Norte da Cidade do Rio de Janeiro, pertencentes às Circunscrições das 39ª (Pavuna) e 40ª (Honório Gurgel) Delegacias de Polícia.
Os criminosos eram ligados com os traficantes de drogas integrantes da facção autodenominada Terceiro Comando Puro – TCP, que impõem intimidação coletiva no Complexo da Pedreira, que era utilizado como esconderijo e local do desmanche dos veículos roubados.
Os bandidos promoviam roubos de veículos em larga escala, aterrorizando as populações dos bairros atingidos e gerando altíssimos índices de criminalidade violenta.
Eles controlavam os roubos de veículos na via pública; as armas usadas nessas empreitadas, a adulteração dos sinais identificadores; o armazenamento, a clonagem e o desmanche dos carros; o transporte e o estoque e a revenda das peças; a negociação com as companhias de seguro e a divisão dos lucros com os traficantes.
O bando adquiria as peças em desmanches situados no Complexo da Pedreira e mantinha até pouco tempo alguns locais para armazenamento de peças roubadas: oficina mecânica situada na Rua José Peregrino nº 14; galpão situado na Rua Uraraí, 336, fundos; e galpão situado na Rua dos Diamantes, 1334, em Rocha Miranda.
Após a encomenda e recebimento das peças dos carros desmontados, elas eram revendidas, além de ser providenciada a adulteração de seus sinais identificadores.
Havia o transporte peças de carros roubados até os mecânicos, que procediam à adulteração de seus sinais identificadores. atuam na mecânica das peças dos veículos roubados.
Haviam aqueles que mantinham oficina voltada para o cometimento de ilícitos penais e lá armazenavam peças de carros roubados.
Um dos suspeitos, usava sua expertise para adulterar numerações de motores de veículos roubados no galpão da Rua Ururaí.
Tinha também o agente de ligação entre o núcleo de comércio de peças e os responsáveis pelos desmanches do Complexo da Pedreira.
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Haviam aqueles que forneciam armas de fogo aos autores dos roubos de veículos.
Tinha ainda um roubador armado que era extremamente violento.
A investigação descobriu também que havia a negociação para a devolução dos veículos roubados a intermediários que representam as Companhias de Seguro.
Os bandidos promoviam comércio interestadual de peças de carros roubados.
Integrantes da quadrilha, que formavam o Bonde do Berreta, também faziam arrastões