Miliciano que foi preso no último sábado filmando policiais civis da DRACO que faziam operação na Favela de Antares, em Santa Cruz, foi solto pela Justiça, que alegou que ele é réu primário e tem bons antecedentes, além de não ter sido encontrado nada de ilícito com ele.
Segundo consta dos autos, policiais civis lotados na DRACO se encontravam em deslocamento para a base em comboio com a equipe, conduzindo um nacional preso, após realizarem uma operação em Santa Cruz, quando observaram estar sendo seguidos por uma motocicleta, onde o piloto filmava as viaturas.
A viatura se afastou do comboio e, em seguida, abordaram o indivíduo, ora custodiado, que estava com o celular em mãos, filmando as viaturas e enviando para um grupo de “whatsapp” de nome “desapego”.
Ao ser indagado sobre o grupo e o porquê estava filmando, o custodiado disse fazer parte da comunicação (radinho) da milícia de Três Pontes e que foi apresentado aos milicianos por seu padrasto de nome Luan, vulgo “cabelinho” e seu cunhado, o qual não sabe o nome, apenas o apelido “camisa 8”, e que estava na função há duas semanas, utilizando uma motocicleta Honda Fun 160, cor preta, sem identificação. O
O conduzido narrou, ainda, que recebe R$ 600,00 (seiscentos reais) por semana para passar informações para milícia, juntamente com outro indivíduo de vulgo “Churume”, que trabalha em outro turno e entrega seu pagamento.
Em sede policial o indiciado prestou declarações, confirmando que no dia dos fatos visualizou as viaturas caracterizadas e descaracterizadas da DRACO em comboio, começou a filmar e reportar ao grupo a localização e deslocamento delas. Passado alguns minutos, uma das viaturas retornou e o abordou. Ressaltou que entregou seu aparelho celular, informando a senha de acesso para que fosse constatado o for necessário.