O chefão do Complexo da Penha, Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso, foi denunciado acusado de assaltar uma empresa de transportes em outubro na Penha Circular.
Na ação, um vigilante foi brutalmente agredido e os comparsas acionaram Doca por telefone celular para que ele desse instruções sobre o que fazer e ainda mandou esculachar.
Os bandidos deram socos na região da barriga e da costela da vítima.
A ação foi uma represália ao fato de o dono ter recuperado pneus que haviam sido roubados anteriormente.
Os criminosos roubaram na ocasião 01 (um) aparelho celular Motorola Edge Neon, na cor roxa, pertencente ao funcionário, bem como 01 (uma) geladeira, 01 (uma) cafeteira, 01 (um) forno microondas, 16 (dezesseis) pneus de caminhão, 01 (um) veículo modelo trailer foodtruck, na cor branca, e 01 (uma) bomba de água.
Os acusados se encontravam munidos de pistolas e fuzis durante todo o roubo e mantiveram o vigia do estabelecimento comercial preso dentro do banheiro da empresa, por aproximadamente quatro horas, não permitindo que este saísse da localidade, em represália ao proprietário da empresa, o qual, com o auxílio policial, teria recuperado diversos pneus anteriormente subtraídos pelo grupo no interior da Comunidade Kelson.
TODA A DINÂMICA
O grupo tinha aproximadamente oito roubadores, munidos de fuzis, pistolas, cinto tático com carregadores e de rosto à mostra, adentrou as dependências da empresa o vigia do local, e anunciou o assalto, proferindo as seguintes palavras de ordem: “Perdeu, perdeu, cadê os pneus? e Cadê a Chave? Eu quero os pneus”.
Após agredirem o vigia, este foi conduzido até o banheiro pelos roubadores e obrigado a permanecer preso no local, onde era frequentemente interpelado pelos membros do bando.
Em dado momento, enquanto os demais criminosos realizavam a cobertura da ação, um dos bandidos adentrou no banheiro onde se encontrava a vítima e, segurando um celular com a função “viva voz” ativa, afirmou que se encontrava em uma ligação telefônica direta com Doca dizendo: “Aqui estou falando com o patrão. É o Doca. É o Urso”.
No curso da aludida ligação telefônica, Doca emanou uma ordem aos seus comparsas, determinando “Leva tudo que tiver aí. Se tiver que esculachar alguém, esculacha”.
Posteriormente, o chefão ameaçou o proprietário da empresa com as seguintes palavras.
“Avisa ao D.. que não vai ficar assim. Isso é só o começo”.
Foram perpetradas ameaças contra o citado proprietário pelos executores do roubo.
Finalizada a ligação telefônica, os acusados fecharam a porta do banheiro, mantendo o funcionário sob seu domínio por cerca de quatro horas, subtraíram todos os bens acima relatados e se evadiram do estabelecimento comercial.”
Apesar das evidências, a Justiça achou por hora não decretar a prisão dos suspeitos.