O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro afirma que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, que foi levado em 16 de abril pela sobrinha Erika de Souza Vieira Nunes, a uma agência bancária em Bangu para sacar um empréstimo de R$ 17 mil já estava morto quando entrou no banco.
Erika foi denunciada pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. Ela está presa.
A denúncia aponta que embora o empréstimo tenha sido contratado pelo idoso quando este ainda se encontrava vivo, o saque de R$ 17.975,38 não poderia mais ser realizado, visto que no momento da prisão em flagrante da sobrinha, Paulo Roberto já estava morto.
Erica tentou se apropriar de valores que não seriam mais utilizados em favor de seu tio, o que ocasionaria, por fim, prejuízo ao banco que concedeu o empréstimo, uma vez que não seria mais quitado pelo devedor, já falecido.
“O crime não se consumou por circunstâncias alheias à vontade da denunciada, uma vez que funcionários do banco, verificando que o idoso Paulo Roberto Braga não estava bem, apresentando aspecto pálido e sem condições de assinar documento, acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, sendo, posteriormente, constatado o óbito do mesmo, fato esse que impediu o saque dos valores pretendidos pela ré”, descreve trecho da denúncia.
A Promotoria ressaltou à Justiça o “desprezo e desrespeito” pelo idoso ao levá-lo ao banco morto para realizar o saque do dinheiro.
“A denunciada vilipendiou o cadáver de Paulo Roberto Braga, de quem era cuidadora, ao levá-lo ao banco e lá ter permanecido, mesmo após a sua morte, para fins de realizar o saque da ordem de pagamento supraque a vítima apresentava “estado caquético”, quando da realização do exame.
Para o MP, não se pode possibilidade de que a conduta da acusada tenha acelerado a morte do tio, ao submetê-lo a tamanho esforço físico, no momento em que necessitava de cuidados”.
A polícia abriu inquérito para apurar prática crime de homicídio envolvendo a denunciada.