Duas mulheres foram condenadas a sete anos e seis meses de prisão por terem torturado uma outra no ano passado dentro do apartamento da vítima na Rua Taylor, na Glória.
Segundo a denúncia, as acusadas submeteram a vítima A.B.S.M, que estava sob o poder de ambas, com emprego de violência e grave ameaça, a intenso sofrimento físico, consistente em amarrar os punhos e pernas, amordaçá-la, desferir socos e tapas, além de enforcá-la, tudo como forma de aplicar castigo pessoal, por cooptar clientes da clínica de estética de uma das denunciadas.
As criminosas cortaram os cabelos da lesada com uma tesoura, tentaram lhe queimar o rosto com jato de plasma, caso a vítima não retornasse para seu estado natal (Bahia), além de empreender ameaças de tortura sexual e morte.
As suspeitas subtraíram, para si ou para outrem, mediante violência, grave ameaça e restrição de liberdade, 01 (um) relógio, 01 (um) anel, 01 (um) cordão e 01 (um) telefone celular da marca Xiaomi e modelo note 9, além de 04 (quatro) cartões bancários.
Na data dos fatos, as denunciadas, de forma premeditada, se dirigiram à residência da vítima, com o intuito de castigá-la por cooptar os clientes da clínica de uma delas, local onde a lesada trabalhou de janeiro de 2023 até 31 de março de 2023.
As acusadas tocaram a campainha da casa da vítima, momento em que esta abriu a porta e foi surpreendida pelas denunciadas que adentraram na residência, tomaram o telefone celular da lesada, a imobilizaram, amarrando seus punhos e pernas e a amordaçaram, com as fitas que haviam levado.
Em seguida, uma delas entregou um aparelho chamado jato de plasma para a comparsa que tentou queimar o rosto de Allana, o que não ocorreu porque a vítima conseguiu se soltar e entortar a agulha do aparelho.
A lesada teve as mãos amarradas novamente por uma delas, enquanto a outra desferia tapas e socos na vítima, a submetia a enforcamento, ameaçando-a de morte, afirmando que conhecia traficantes em Santa Teresa, e que, se a vítima não voltasse para a Bahia, eles “finalizariam o serviço”, bem como enfiariam um cabo de vassoura no ânus da A e mandariam fotos do ato para a mãe dela.
A seguir, uma das criminosas usando a tesoura que levara, cortou o cabelo da vítima e a jogou no chão de bruços, oportunidade em que afirmou que A tinha 07 (sete) dias para deixar o Estado do Rio de Janeiro e que não deveria citar nomes e nem procurar a polícia.
Por fim, as denunciadas subtraíram o telefone celular, um relógio, joias e cartões bancários da vítima e deixaram a casa, instante em que a lesada pediu auxílio ao porteiro que conseguiu ajudá-la a se soltar.
Logo após, a vítima se dirigiu à delegacia onde contou o ocorrido e no dia seguinte, policiais civis se dirigiam à clínica de estética onde encontraram a denunciada Edilaine que confessou o ocorrido e informou que uma das autoras estava no aeroporto.
Diante da informação, os agentes de segurança pública prenderam uma das acusadas e outra equipe se dirigiu ao aeroporto onde prendeu a outra agressora, conduzindo ambas à delegacia. ”