Cinco policiais civis, entre eles um delegado, foram denunciados à Justiça pelos crimes de concussão e inserção de dados falsos no sistema de informações da Polícia Civil (PCERJ).
O crime ocorreu em 2017, dentro da 36ª Delegacia de Polícia (Santa Cruz), com o envolvimento e conivência do então delegado titular da unidade.
A quadrilha contava com a participação de policiais e X-9, que apuravam informações sobre possíveis alvos.
Identificadas as vítimas em, os policiais civis suspeitos simulavam uma “bote” e a partir da descoberta do delito, exigiam o recebimento da propina para deixar de efetuar a prisão em flagrante.
Os promotres informaram que, em um dos casos, os investigados exigiram o pagamento de R$ 10 mil para não registrar ocorrência policial de flagrante.
Na ocasião, os agentes permitiram que um comerciante entregasse o valor em duas cotas de R$ 5 mil, tendo a mesma sido autorizada para que pudesse realizar o saque da primeira parcela.
Um dos agentes ficou encarregado de realizar a cobrança do valor restante, que foi pago em mais duas parcelas, com quantias divididas entre os policiais acusados.
Para dissimular a extorsão, um dos denunciados registrou a ocorrência, que teve em seu “despacho” a suspensão do procedimento por atipicidade da conduta, sob a pretexto de que teriam sido apresentadas notas das mercadorias.
O Ministério Público Estadual solicitou a perda da função pública dos envolvidos junto à 2ª Vara Criminal da Regional de Santa Cruz.