A Justiça confirmou que a milícia do Zinho e o Comando Vermelho chegaram a agir juntos na comunidade do Cesar Maia, em Vargem Pequena até pelo menos janeiro deste ano.
O pacto entre os dois grupos já foi desfeito e a área agora é dominada pela milícia do Boto de Curicica.
Os alvos da ação eram dois narcomilicianos que praticavam crimes de extorsão na localidade.
Eles foram acusados de guardar 38 munições calibre .5,56cm, 18 munições calibre .9mm, 18 munições calibre .380, 01 munição calibre .7,62mm, 01 munição calibre .38mm, 01 carregador calibre .5,56mm, oito estojos de munição calibre .9mm e 30 carregadores de munição calibre .38mm, além de veículo cuja placa de identificação adulterada, .
Em análise de cruzamento de dados entre as unidades da Polícia Civil e com o auxílio do Setor de Inteligência, Policiais Civis receberam informações quanto à movimentação de “narcomilicianos”, integrantes da união entre o Comando Vermelho e a Milícia Privada comandada pelo indivíduo de vulgo Zinho, na Comunidade do César Maia, com armas de fogo de grosso calibre.
Por tal razão, os agentes empreenderam diligências na localidade, ocasião em que visualizaram um veículo Fiat MOBI, próximo à Rua F, nº 28.
Na ocasião, os agentes públicos observaram que o veículo possuía placa de identificação facilmente removível, consistente em indício de adulteração. Em pesquisas nos bancos de dados da Polícia Civil, foi identificado que o veículo automotor em questão havia sido objeto de crime patrimonial.
Em diligências junto aos moradores da localidade, os Policiais Civis obtiveram informações quanto à localização dos usuários do veículo.
Ao compareceram ao local mencionado pelos moradores – cuja identificação não foi possível, considerado o risco concreto de represálias pelo grupo criminoso -, os Policiais Civis verificaram que se tratava de edificação clandestina, cuja entrada era de acesso livre, sem numeração aparente, com localização no terceiro andar.
Em seguida, ao baterem na porta do imóvel indicado, os agentes públicos foram atendidos pelos criminosos onde haviam. além de capa de colete balístico, fardamento militar e três toucas pretas, objetos comumente utilizados por integrantes de milícia privada.
As circunstâncias da prisão em flagrante, notadamente o local, a apreensão de armas de fogo, carregadores e munições de calibres diversos, fardamento militar, colete balístico, três toucas pretas, veículo com placa adulterada e cadernos contendo anotações contábeis das extorsões praticadas, bem como a informação anterior recebida pelas autoridades denotam que os denunciados estavam associados em caráter estável e permanente aos demais integrantes da milícia privada que atua no local.