A Justiça decretou as prisões preventivas dos milicianos Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, de seu subordinado, Marcelo de Luna Silva, o Boquinha, e de mais dois criminosos por homicídio de vítima não informada nos autos, nem o local e a data do crime.
As testemunhas ao serem ouvidas na delegacia, expressaram seu temor, em razão do apontado envolvimento de milicianos locais no desaparecimento e na execução da vítima, cujo corpo, até hoje, não foi encontrado, havendo informações de que teria sido incendiado pelos executores.
Boquinha é o chefe da milícia da comunidade do Piraquê, em Guaratiba
Veja o relato da Justiça
Há que se ter em conta, ainda, o verdadeiro pavor que tais grupos criminosos impõem sobre as comunidades sob seu domínio, mediante uso de violência contra aqueles que, de alguma forma, se coloquem contra seus interesses, o que demonstra o risco que a liberdade dos réus pode impor ao processo, não só no que se relaciona à ordem pública e à futura aplicação da lei penal, como alude o Ministério Público, mas também em relação à instrução criminal, haja vista o evidente perigo à integridade física das testemunhas.
Por isso mesmo, os integrantes da milícia costumam agir livremente, certos da impunidade, já que confiantes de que ninguém se apresentará para depor sobre os crimes por eles cometidos, conduta que, por óbvio, subverte a ordem pública e demanda a adoção de medidas drásticas, na tentativa de garantir o bom andamento do processo e a paz social